Por três anos seguidos o Brasil registrou saldo negativo de empresas formais – mais empresas foram fechadas que abertas no país. É o que aponta um levantamento divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 2014 o número de fechamentos tem superado o de aberturas. O saldo negativo de 2016 foi mais intenso que no ano anterior, mas menos intenso que em 2014, ano em que o país registrou recorde na saída de empresas.
Segundo o IBGE, em 2016 o segmento de eletricidade e gás foi o que registrou a maior taxa de saída de empresas do mercado (26,3%), seguido pelo de construção (21,1%), informação e comunicação (19,6%) e outras atividades de serviços (19,3%).
Já a entrada de empresas teve maiores taxas observadas nos segmentos de atividades financeiras, seguros e serviços relacionados (20,2%), atividades imobiliárias (19,5%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (19,4%).
O levantamento apontou que das 4,5 milhões de empresas ativas em 2016, 3,8 milhões (85,5%) eram sobreviventes, ou seja, já tinham mais de um ano de existência.
Dentre as 648,5 mil que deram entrada naquele ano (14,5% do total de empresas ativas), 463,7 mil (71,5%) haviam acabado de ser criadas, enquanto 184,7 mil (28,5%) foram reativadas.
A idade média das empresas sobreviventes em 2016 era de 11,2 anos. Todavia, o estudo mostrou que dentre as empresas sobreviventes naquele ano, apenas 38% tinham 5 anos de existência.
Ao analisar as empresas que nasceram cinco anos antes do levantamento, ou seja, as 660,9 mil que deram entrada em 2011, o IBGE constatou que:
75,2% sobreviveram até 2012
64,5% sobreviveram até 2013
52,5% sobreviveram até 2014
45,4% sobreviveram até 2015
38% sobreviveram até 2016
Ou seja, o levantamento mostrou que uma em cada quatro empresas criadas em 2011 não sobreviveram após o primeiro ano.
O IBGE ressaltou que as mais altas taxas de sobrevivência, em todo o período de 2012 a 2016, foram de empresas ligadas às atividades de saúde humana e serviços sociais e atividades imobiliárias. Já a taxa de sobrevivência mais baixa foi das empresas ligadas ao comércio e à reparação de veículos automotores e motocicletas.